Se queres comprar casa mas não sabes bem por onde começar, o artigo de hoje é para ti.
Trago-te 10 dicas que te vão ajudar a tornar o processo de comprar casa menos confuso e doloroso, por isso continua a ler.
1 – Define um Valor Máximo
Um passo essencial se queres comprar casa, é perceberes, mediante os teus rendimentos, qual o valor máximo que podes pagar por uma.
O valor que podes pagar por uma casa, é influenciado pelos teus rendimentos, pelas poupanças que tens e que podes fazer, pelo tempo que podes e queres esperar para comprar casa, etc.
Para começar, terás sempre de ter disponível pelo menos 10% do valor do imóvel que queres comprar porque à excepção dos imóveis do banco, mais nenhum é financiado a 100%. A juntar a estes 10% terás de ter disponível o dinheiro para todas as despesas relacionadas com a aquisição do imóvel (comissões bancárias, IMT, IMI, Imposto de Selo, entre outras).
Por isso, o recomendado é que tenhas disponível 20% do valor do imóvel, o que pode servir de excelente ponto de partida para perceberes em que intervalo de valores se situa a casa que podes comprar.
Para além de teres em consideração o valor que tens de dar de entrada, deves procurar uma casa que resulte numa prestação mensal confortável, que te permita continuar a poupar dinheiro, realizar sonhos e objectivos e desfrutar de momentos de lazer sem comprometer as tuas contas.
Por isso, para ganhares mais clareza quanto ao valor máximo que podes dar por um imóvel, faz a ti mesmo estas questões:
- Que valor acho razoável dar por uma casa?
- Quanto consigo poupar por ano só para a compra da casa?
- Tenho já algum dinheiro disponível que possa usar para dar de entrada?
- Quanto posso pagar por mês de prestação ao banco?
- Quando quero comprar casa?
Uma resposta a estas questões e algumas contas podem ajudar-te a encontrares o teu valor por isso não dispenses este passo.
2 – Define um horizonte temporal
Já sabes quando queres comprar casa? É ainda este ano? Ou daqui a 2, 3, 5…?
Se calhar só começaste a pensar nisso ao ler o ponto anterior, verdade?
Definires um horizonte temporal é importantíssimo para guiar os teus comportamentos e influenciar o eventual plano de poupança que tenhas de fazer para reunires o dinheiro de que precisas.
Lembra-te que tens de avançar com um valor bastante elevado numa fase inicial e se não tiveres já algumas poupanças, podes demorar algum tempo a reuni-lo. Por isso, é importante que definas um horizonte temporal realista.
3 – Escolhe o melhor banco
Muita gente me pergunta: “Qual é o melhor banco para fazer Crédito Habitação?”
A resposta é óbvia: NÃO SEI!
O melhor banco para mim pode não ser o melhor banco para ti, porque as condições que eles te vão propor vão ser influenciadas por inúmeros fatores: o teu rendimento, o teu tipo de vínculo laboral, a existência de outros créditos, a tua taxa de esforço, etc.
Farto-me de dizer que a comparação é uma das chaves da poupança e neste caso não é excepção.
Escolheres o banco certo pode fazer-te poupar milhares de euros com o teu Crédito Habitação por isso não te prendas ao banco onde tens conta, e pede simulações em vários bancos para que consigas encontrar as condições mais favoráveis.
E se, para além de dinheiro, queres poupar tempo, pede ajuda ao Nuno Pimenta, um Intermediário de Crédito que é meu parceiro, e que está pronto e disponível para te ajudar.
Os Intermediários de Crédito procuram no mercado o banco com as condições mais vantajosas consoante as tuas condições financeiras.
Vão auxiliar-te com toda a documentação e burocracia necessária, negociar com as várias instituições bancárias com as quais têm parceria, e apresentar-te sempre a melhor proposta.
Por isso, se estás a pensar pedir um Crédito Habitação para a compra da tua casa ou se queres melhorar as condições do teu atual crédito, preenche este formulário para que ele entre em contacto contigo.
É um serviço totalmente gratuito para ti; por isso, aproveita a oportunidade.
4 – Pensa no que realmente queres
Não te sintas pressionado a comprar casa só porque toda a gente está a comprar ou porque dizem que deves comprar.
O que é bom para mim, não tem de ser bom para ti e vice-versa.
Na tua vida quem manda és tu e deves tomar as tuas decisões alinhadas com o que pensas ser correto para ti e para os teus.
Comprar casa é um compromisso de longo prazo e deve ser estudado e encarado como tal.
Se não queres as dores de cabeça de ser proprietário ou o elevado investimento inicial, está tudo bem com isso. Se queres esperar mais uns anos e construir uma casa à tua medida, também está tudo bem. Se queres remodelar aos poucos e por completo uma casa de família, força. Se começaste agora uma relação e não te queres aventurar já, espera um pouco.
Antes de tomares a decisão de comprar casa, reflete no que realmente queres para a tua vida e toma as tuas decisões em função disso.
5 – Pondera mudar de zona
Às vezes gostava de ter nascido numa zona do país em que o custo de vida não fosse tão elevado. Em Cascais, onde moro, os preços das casas são um absurdo e ao alcance de muito pouca gente.
Se estás numa situação idêntica à minha, equaciona mudares para um concelho diferente mas igualmente próximo, onde os preços sejam mais acessíveis.
Faz as contas a quanto essa mudança representaria em termos de gastos de tempo e combustível para veres se compensa. Se for uma hipótese, começa a incluir essa zona nas tuas pesquisas e pode ser que surja uma boa oportunidade.
6 – Sê Paciente
É normal que te sintas pressionado e tentado a entrar na onda, porque neste momento as condições de Crédito Habitação estão muito favoráveis e não se fala noutra coisa.
No entanto, não tens de entrar já, de acordo?
Se podes esperar, isso pode ser benéfico para ti porque tens tempo de encontrar uma casa à tua medida, e de fazer as coisas com calma, evitando assim que te atirares à primeira casa que te pareça “ok” mas que lá no fundo não te apaixona.
Se podes esperar, espera por uma casa que te desperte emoções e que sintas que é um bom negócio. Ao fim e ao cabo pode ser o negócio de uma vida e tu não queres fazer um mau negócio, verdade?
7 – Percebe com o que podes contar
Muitos bancos colocam um limite máximo de 40% na taxa de esforço, ou seja, a prestação do Crédito à Habitação não deverá superar 40% do rendimento líquido familiar.
Este é mais um dado que te pode ajudar a perceber que tipo de imóvel deves procurar. Existem muitos simuladores on-line e eu deixo-te aqui um para que descubras qual é aproximadamente a prestação mensal que podes suportar.
Entenderes a tua situação financeira e como ela te pode influenciar é importante para perceberes as características do imóvel que deves procurar, e para que possas fazer alguns ajustes como lutar por um contrato de trabalho, liquidar créditos que estejam pendentes, etc.
Quanto melhores forem as tuas condições (rendimento, estabilidade profissional, taxa de esforço, endividamento, etc) mais vantajosas serão as condições que os bancos te vão oferecer.
Quase todos os bancos disponibilizam simuladores on-line de Crédito Habitação por isso vai fazendo umas simulações para te familiarizares com o tema e com o que podes contar.
8 – Familiariza-te com os principais conceitos
Quando começares a pedir simulações nos bancos, vais deparar-te com informação desconhecida mas que é fundamental que domines para saberes o que estás a contratar e poderes negociar.
Deixo-te abaixo alguns dos principais conceitos, e uma breve descrição de cada um deles:
Euribor – É a taxa de juro paga pelos bancos da Zona Euro por emprestar dinheiro. É calculada diariamente pela média das taxas de juro dos bancos mais activos da zona euro. Os empréstimos com taxa variável podem ter diferentes prazos, ou seja, se optares pela Euribor a seis meses, a mensalidade a pagar será revista a cada seis meses, tendo em conta a oscilação da taxa. Assim, a mensalidade do teu empréstimo sobe ou desce consoante a subida ou descida da Euribor.
Spread – é o juro que o banco vai ganhar com o teu crédito, e quanto mais baixo ele for, menos irás pagar de juros ao banco. O spread é um valor fixo, acordado com o banco, que pode ser reduzido com a subscrição de produtos e/ou serviços (contratação de seguros, cartões de crédito, domiciliação do ordenado, etc).
TAN – É a Taxa Anual Nominal que resulta da soma entre a Euribor e o Spread.
TAEG – A TAEG é o custo total anual que o crédito vai ter, em percentagem do montante emprestado. Inclui, para além da TAN, as comissões iniciais de abertura de crédito, as comissões mensais, as despesas com impostos e possíveis seguros obrigatórios. Uma vez que a TAEG engloba todos os custos que vais ter com o crédito, é para esta taxa que deves olhar na comparação de propostas.
9 – Pede ajuda a especialistas
Se chegares à conclusão que contrair um Crédito Habitação é um processo complexo para ti, não te aventures sozinho e pede ajuda a quem tem mais experiência e conhecimentos.
Deixei-te acima o melhor contacto que podes utilizar.
10 – Define uma estratégia de Poupança
Com base em toda a informação que partilhei contigo, já sabes quanto dinheiro precisas e quando queres comprar casa?
Se não, não faz mal.. desde que me prometas que vais fazer o trabalho de casa.
Se sim, chegou a altura de definires uma estratégia de poupança mensal para que consigas comprar a casa nos prazos que definiste.
Se já tens o teu Fundo de Emergência criado, e se não tens mais nenhum objectivo ou sonho no caminho, poupa exclusivamente para a tua casa e faz dela uma prioridade.
Vive da forma mais económica que conseguires, corta gastos supérfluos em roupa e gadgets, evita férias ou escapadelas dispendiosas, vende um carro que não faça assim tanta falta, disciplina-te em casa e no supermercado… faz com que todos os euros poupados contem na poupança para a tua futura casa. Leva-a sempre no teu pensamento.
Se precisas de ideias sobre formas de poupar dinheiro, lê os artigos da secção Gastar Menos do meu blog para aprenderes novas formas de poupar dinheiro.
Espero que tenhas gostado deste artigo e que ele te tenha ajudado a definir um rumo caso estejas a pensar comprar casa.
Obrigada por estares desse lado.
Cat